Na verdade o que amamos não é o outro mas o que o outro representa para nós, o que o outro pode nos proporcionar, amamos o estado de amor que sentimos. Não é à toa que existe aquele expressão de que o amor é cego. Mas de fato, não é o amor que é cego somos nós quando achamos que estamos vivenciando um amor genuíno pelo outro. Com isso, no momento que passamos a conviver com outro e a nos depararmos com as diferenças e real personalidade do outro. Percebemos que nos enganamos, esse outro não é bem o que eu imaginava. Olhamos para nosso parceiro ou parceira e vemos um estranho. O jeito de agir, de pensar, seu egoísmo ou mesmo sua generosidade, sua coragem ou covardia, ou seja quando nos deparamos com a real natureza humana do outro e não com aquilo que nós idealizamos perdemos o encanto.
O como posso fazer um jardim com pouco dinheiro desencanto nada mais é do que a percepção nua e crua da diferença entre a pessoa que está ao seu lado do ideal que ela representava. Então aquela impressão de que o outro é maravilhoso acaba ficando a trágica vivência da realidade. Às vezes vemos casais se conhecerem e em tão pouco tempo já estão amando e dizendo o quanto essa pessoa é fantástica o quanto ele é cheio de qualidades e que ele representa tudo que você esperava até o dia em você se casa e descobre que seu parceiro ou parceira são cheio de defeitos ou agem de um jeito que você nem esperava ou imaginava. Passam a sentir uma frustração e uma decepção como se o outro fosse responsável por isso. Mas na verdade o que pode estar acontecendo é que a percepção inicial que você tinha desse homem e mulher não representavam de fato a natureza particular de cada um e sim o que você acreditou que ele ou ela fossem. Você já refletiu sobre isso?